Medicamentos Homeopáticos

O feijão de São Inácio é a semente de um arbusto trepador originária das Filipinas. O fruto é uma baga de aproximadamente 10cm de diâmetro que contém numerosas sementes no meio de uma polpa amarela.
A tintura-mãe prepara-se a partir dessas sementes dessecadas.

A Ignatia amara está indicada em pacientes hipersensíveis, emocionalmente abalados que sofrem de:

  • Transtornos emocionais espasmódicos alternados e contraditórios
  • Transtornos psíquicos como consequência de emoções, preocupações ou penas.
  • Patologias orgânicas, normalmente de carácter recorrente e que aparecem em condições de stress.
Nux vomica prepara-se a partir dos grãos dissecados da árvore, de folha perene, que dá a noz vomica, originária do sudoeste asiático.

Nux vomica pode ser indicada em todas as circunstâncias e em todos os fenómenos de agressão contra o sistema nervoso e o aparelho digestivo:

  • Abuso do café, álcool, tabaco e excessos alimentares.
  • Abuso de drogas estimulantes ou calmantes.
  • Sedentarismo.
  • Esgotamento intelectual ou sexual.
  • Preocupações profissionais.
  • Para minimizar os efeitos secundários de certos tratamentos medicamentosos (antivirais, por exemplo).

Principais indicações:

  • Transtornos comportamentais:
    – Irritabilidade, cólera, agressividade.
    – Espasmos.
    – Insónias, dificuldade para voltar a dormir depois de acordar a meio da noite num contexto de excesso de trabalho.
  • Dispepsias.
  • Hemorróides pruriginosas que melhoram com banhos de assento frios.
  • Tratamento e prevenção dos efeitos após o consumo excessivo de alimentos fortes e bebidas alcoólicas.
  • Rinites alérgicas, periódicas ou ocasionais.
  • Hipertensões arteriais espasmódicas.
  • Cefaleias e enxaquecas.

Dra. Susana Ferreira – farmacêutica

Já alguma vez se imaginou a usar veneno de abelha?
Em homeopatia é possível!

  • apis-mellifica
  • apis-mellifica
A TM de Apis mellifica prepara-se mediante maceração em álcool de abelhas obreiras vivas inteiras.

A composição de Apis mellifica sugere a possibilidade de uma acção precoce e rápida do medicamento nas reacções inflamatórias como por exemplo a picada de insecto.

A pele fica com edema rosa, pica, arde e melhora com a aplicação de frio.

A acção de Apis mellifica é rápida mas curta. Todas as diluições são ativas, mas devido à existência de sujeitos alérgicos ao veneno é preferível não utilizar Apis mellifica abaixo de 9 CH.

Em casos agudos dar 5 grânulos de 15 em 15 minutos e espaçar à medida que há melhoria dos sintomas.

Outros usos:

  • Urticária
  • Rinites edematosas
  • Faringites e anginas
  • Conjuntivites
  • Qualquer sintoma febril
  • Cistites intersticiais com oliguria
  • Cefaleias e enxaquecas vasomotoras
Arnica montana

É uma planta vivaz originária das pastagens nas montanhas europeias.
A tintura mãe é preparada a partir da planta fresca inteira e apresenta uma composição química muito complexa.

Arnica montana estará indicada preferencialmente

  • em todas as afeções de origem traumática
  • em todos os fenómenos de fadiga muscular

Tendo ainda em conta o seu tropismo patogénico, está indicada em todas as patologias que afetam os capilares e as veias.
Arnica montana está também indicada em todas as situações de sobrecarga de tensão e de choque emocional violento, quando estão presentes as sensações de picadelas e contusão.

Principais indicações clínicas de prescrição homeopática

Arnica montana é ativa em todas as diluições. O valor da diluição empregue é mais elevado quanto maior for o número de sintomas que se observam no paciente.

Traumatologia

Toda a noção de trauma deve fazer-nos pensar automaticamente em Arnica montana.

  • Golpes, quedas, feridas, acidentes de qualquer natureza;
  • Hemorragias de pequena e media abundância em que a Arnica montana realiza uma função de protetor vascular;
  • Cuidados pré e pós operatórios;
  • Competições desportivas

Fadiga muscular

  • Consequências de trabalhos pesados, longas caminhadas, qualquer esforço muscular.

Flebologia

  • Manifestações agudas e crónicas da fragilidade capilar;
  • Surtos hemorroidais agudos;
  • Varizes dolorosas.

Cardiologia

  • Prevenção do risco cardiovascular (em qualquer situação de sobrecarga cardiovascular, Arnica montana apresenta-se como protetor vascular)

Oftalmologia

  • Retinopatias, degeneração da mácula ligada à idade (Arnica montana apresenta-se como protetor vascular)