A prática da homeopatia na medicina dentária, em Portugal, é quase inexistente, mas desde 1946, a Homeopatia tem sido utilizada na Odontologia. E, cada vez mais o médico dentista está a evoluir para uma clínica terapêutica, aderindo a um melhor e mais amplo conhecimento do organismo em geral. O profissional procura observar o paciente de modo mais completo, em que os sinais e sintomas de ordem psíquica, geral ou local, são valorizados na busca do melhor medicamento, com recursos terapêuticos homeopáticos comprovados na Medicina Dentária (Brunini e Giorgi , 2004).
Com a Homeopatia é possível prevenir, diagnosticar e tratar as doenças do sistema estomatognático bem como as manifestações orais de doenças sistémicas. Tal como na Homeopatia generalista, o médico dentista-homeopata avalia o paciente como um todo, incluindo a sua personalidade e a vertente emocional, sendo de enorme utilidade para controlar o medo e ansiedade ao tratamento dentário com a vantagem do paciente permanecer consciente e autónomo nas suas ações.
A cavidade oral, na maioria dos casos, é um dos primeiros locais onde se manifestam problemas de ordem emocional. Perdas afetivas, econômicas, fadiga, esgotamento, cansaço por situações não prazerosas que se repetem e a baixa estima, podem ocasionar o aparecimento de vários sintomas psicossomáticos, que podem manifestar-se através de cáries repentinas, sangramento gengival, podendo levar à mobilidade dentária , além de disfunções como cerrar os dentes, bruxismo e neuralgias faciais (Feighelstein, 2001).
O medicamento homeopático, por ter ação terapêutica, pode ser utilizado em todas as valências da medicina dentária, desde a prevenção aos tratamentos e procedimentos mais complexos. Um dos pontos fortes do uso da homeopatia é o seu baixo custo financeiro e a ausência de contra indicações, podendo também ser aplicada, além de bebés e crianças, em adultos e pacientes especiais (Stofella, 2006, Carvalho, 2006).
Dra Nélia Tavares Médica
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